Em atenção ao convite do jornalista e diretor do Jornal O Progresso, Sr. Gerson Fontebassi e seu irmão, Sr. Almir, concedo entrevista resumida onde abordo grande parte da minha vida histórica. Sou filho do casal Jorge Barbosa e D. Anesia Palhares Sandoval, um casal lutador, guerreiros que com muito esforço, dedicação, fé, conseguiram apesar das dificuldades e deficiência de saúde do Pai Jorge, educar seus filhos.
Celso hoje viúvo de D. Nair de Freitas Barbosa Sandoval, professora escolar e tiveram os filhos Celso Jr., casado com Zaine de Paula, que residem na cidade de Franca SP, com os filhos, Celso Neto, Leonardo, Izabela e a minha bisneta, Manuela.
Cristiane, a outra filha, casada com médico Dr. Ivan Junqueira, com os filhos, Crisogono Paulo, Ivanzinho, Dr. Fransergio, meu bisneto Benício e minha bisneta Betina. Renato, meu filho, companheiro que sempre está comigo e minha filha, Alessandra de Freitas Barbosa Sandoval, que também reside em Franca com minhas netas, Giovana, Giulia e Marcela.
. Pai Jorge, apesar da deficiência de saúde procurava manter o equilíbrio no trabalho diário como pedreiro onde sentia feliz e orgulhoso pelo que fazia, e sempre quando podia mostrava a sua obra conquistada do esforço e responsabilidade. Minha mãe, D. Anesia, muito responsável em manter as obrigações da casa, e nos momentos de folga atendia as suas amigas no serviço de embelezamento e higiene de suas unhas, onde com satisfação se tornou uma profissional na arte de manicure e foi muito requisitada pelas senhoras da nossa sociedade.
Meu pai, Jorge, era admirador do político Ademar de Barros e mantinha sempre conversa política com nosso grande prefeito, Hélvio Nunes as Silva, que conhecia bem as dificuldades do casal, Jorge e Anesia, e prometeu ao meu Pai, trabalhar para nomeação no estado com cargo de funcionária de um colégio de ensino o Justino Falleiros.
Continuando na história da minha existência, fui um jovem com muito senso de observação, principalmente no que se referia a história da nossa comunidade; comércio, desenvolvimento político e cultural. Me lembro bem ainda que na minha vida adolescência meu atrevimento era grande, onde eu via aglomerações de pessoas, eu me infiltrava e com esse atrevimento fui conquistando espaço na sociedade, amizades importantes que me recebiam com carinho e respeito. Me lembro bem que minha insatisfação era querer, querer sempre até descobrir que o que eu mais queria era participar junto à comunidade, estar no meio da sociedade, e com isto minha vida foi tomando um caminho muito interessante.
Trabalhei muito desde minha infância, meus pais sempre me diziam que o trabalho dignificava e faz com que sintamos crescimento em nossa personalidade. Fui engraxate domiciliar e com caixa fixa em frente Bar do Namem, lavador de peças na agência Ford, empacotador de tecidos nas casas Pernambucanas e também auxiliar de escritório junto com Hermes Procópio, fui também auxiliar de escritório na Anderson Clayton, auxiliar de limpeza de salão de Barbeiro de Ernesto Chiconeli e Germecindo Jose Becher, onde me profissionalizei. Tulio Del Guerra frequentador do salão e funcionário do Banco do Brasil, certo dia me perguntou se eu gostaria de trabalhar no Banco como faxineiro, fazedor de café, o que prontamente respondi afirmativamente, e com a autorização do Ernesto e Gemercindo fui eu para o Banco do Brasil, onde com o passar dos anos sempre prestando concurso, me afirmei como funcionário definitivo até março de 1984, onde me aposentei. Tive sempre mania de colecionador, onde guardava com muito carinho fotos antigas da cidade, das famílias, moedas antigas, selos carimbados do correio, nacionais e estrangeiros, revistas diversas e tantas outras coisas. Em 1954 fui servir o exército, tiro de guerra com o instrutor, sargento Washington. Fui fiscal de renda na Paramont Films por alguns anos que com minha transferência para o banco em Ribeirão Preto, indiquei para meu lugar o companheiro Tulio Del Guerra.
Um fato que vale registrar como minha lembrança, lá pelos meus 12 anos eu tinha o gosto de escrever creio que pelas leituras de jornais da cidade de Ribeirão Preto que vinha para pessoas daqui do jornal “O Diário de Contabilidade” Romano onde bem mais tarde, aos 17 anos, iniciei como representante do jornal enviando notícias de Ituverava que seriam publicadas no jornal Diário de Ribeirão.
Tenho boas lembranças, também que participei escrevendo para o jornal de reponsabilidade do Muchir Miguel Francisco com minhas matérias onde também eu tinha como companheiro o Clezo Barbosa que ao se demitir do jornal, criou seu próprio Jornal O Progresso, onde também participei escrevendo e permaneço até a data de hoje como colaborador de matérias e o semanário Reminiscência onde retiro do meu arquivo histórico. As memórias do passado de nossa cidade e homenagem a pessoas ilustres de nossa comunidade.
Ainda como lembrança, tenho meus tempos de colaborador com a tribuna de Ituverava que tive uma boa fase de tempo durável.
Trabalhos que desenvolvi com muito carinho e responsabilidade foi ter participado como presidente da Arait, apoio aos encarcerados da cidade junto com companheiros Tereza Lopes, Alzirinha Cordaro, Adolfo Buker, D. Amelia, esposa do empresário José Chereguine, e outros que no momento não me lembro.
Fui também um bom companheiro na assistência São Vicente de Paulo durante 10 anos, tendo dado início a construção do prédio onde hoje é a entidade no nosso tempo de trabalho.
Tive também uma passagem como associado do Rotary Club, durante mais ou menos 8 anos com os companheiros, Francisco Mahto Vani, Muchir Miguel Francisco, Vitório Restivo, Eripedes Ribeiro, Dr José de Assis, Hermes Procópio, João Modesto, funcionário ocupando o cargo de chefia no B.B; meu vizinho, que certo dia me convidou para dar-mos arrancada no trabalho iniciado pela Cleia Jabur e que infelizmente não ter obtido sucesso, eu e o João Modesto, organizamos uma comissão de pessoas para fundarmos a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, e que fizemos com muito gosto e empenho, até conseguirmos a realização da fundação, uma conquista que chegou para ficar e, hoje 2023 nossa entidade APAAE muito bem administrada pelo Sr. Sebastião Carvalho, sendo o orgulho e satisfação de muitos da nossa Ituverava e também vizinhas. Companheiros que muito trabalharam para a conquista, companheiros de serviço no Banco, Pedro Cristino, Valquírio, e outros como Edson Peraro, Waldemar Torraca, Jurandir Pereira de Souza, Olga Kikuda, isto em 1971-1972, onde a posse dos diretores se deram conforme ata registrada em cartório em 12 de maio de 1973.
Fui também presidente em três gestões da antiga Associação Atlética Banco do Brasil e em minha última passagem, tínhamos como companheiros de diretores.
Presidente Celso, Vice-Presidente Financeiro Washington Luís Miranda, Vice-Presidente de Esporte, Sebastião Dias, Diretor Secretário Rafael Campangnolli, Bibliotecário Cario, Francisco de Assis, Diretor de Patrimônio Katia Galli Barros, Diretora Social Laura Helena dos Santos Souza, Diretor de Cultura Vitório Restivo.
Sobre minhas atividades na comunidade, procurei desempenhar com lisura, transparência e honestidade!
Devido meu trabalho ser bem administrado fui considerado pelo esportista, José Coimbra, a se candidatar a um cargo de vereador, junto com José na sua luta para a Prefeitura, o que após insistência aderi a ideia e concorri e o que resultou para a minha tristeza foi a decepção na contagem dos votos apurados.
Um resumo dos meus trabalhos que prestei que me lembro: Conselho de Cristandade, Presidente do Conselho Carcerário, Vicentino, Construtor da Casa do Albergado, Presidente da A.A.B.B. mais de vezes, Conselheiro da A.A. Ituveravense em várias diretorias, Colaborador do Abrigo dos Idosos sob direção da Irmã Lina, Rotariano muito ativo, Trabalho em conjunto com o 1° Presidente – João Modesto na fundação da APAE, Correspondente do Jornal – O Diário de Ribeirão Preto, de Costabile Romano, Colaborador dos jornais – Folha de Ituverava, Cidade de Ituverava, Tribuna de Ituverava e O Progresso de Ituverava.
Fui presidente do Partido Liberal onde promovemos campanhas para Presidente da República a candidatura de Afif Domingos, Deputado Federal o médico Aires da Cunha, Deputado Estadual – Gilson de Souza. Também secretário do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB.
Como mencionei no início de nossa entrevista, concedi um resumo da minha história, onde lutei muito para não cair, pois sei que para levantar, é necessária humildade, responsabilidade, força de vontade e honestidade, e passar confiabilidade depois do tombo, não é fácil.
Com relação ao que penso: o acúmulo de colocação de mesas e cadeiras na frente de estabelecimentos nas calçadas dificulta passagem de pedestres, deveriam ser melhor fiscalizadas e até com punições aos infratores e com relação a nossa Praça X de Março, já deveria estar a muitos anos e em diversas outras responsabilidades políticas uma fiscalização coibindo o passeio de motos, bicicletas por marmanjos no desrespeito pelo seus usuários pedestres chegando ao ponto de oferecerem riscos de acidentes, quando nossas ruas ao lado da praça, são bem grande e oferecem segurança. Celso Barbosa Sandoval.