O Ituveravense Sérgio Renato Macedo Chicote foi aprovado após defender sua tese de doutorado no dia 22 de outubro na EERP/USP (Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/ Universidade de São Paulo).
Sua tese de Doutorado teve como tema Judicialização de Medicamentos no âmbito do SUS: Desafios para a gestão nas regiões de saúde da DRS (Diretoria Regional de Saúde) VIII de Franca/SP.
Lotado na Secretaria Municipal da Saúde de Ituverava há 27 anos, tendo como cargo de origem biomédico, atuou como biomédico (1998 a 2004) sendo também diretor do Laboratório Municipal (2005 a 2008); foi secretário municipal da saúde por três vezes nas gestões (2009 a 2012; 2016 e 2017 – 2018) e chefe em saúde pública (2013 a 2015; 2019 até os dias atuais).
Na Fafram (Faculdade Doutor Francisco Maeda), é docente dos cursos de Enfermagem e Medicina Veterinária desde 2003, coordenador do curso de pós-graduação: Liderança e Inovação na Gestão da Saúde Pública e coordenador do recém implatado curso de Biomedicina.
No Ministério da Saúde atua como supervisor de preceptores pelo Ministério da Saúde e na Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) no projeto Mais Saúde com Agente (2023 e 2025).
Também na Santa Casa de Misericórdia de Ituverava exerce a função de supervisor do Programa de Residência Multiprofissional Em Saúde.
Chicote teve como Orientadora na conclusão do Doutorado, a Professora Dra. Silvana Martins Mishima – Professora Titular da EERP/USP e a banca examinadora foi composta pelos docentes Professor Dr. Gustavo Assed Ferreira (Faculdade de Direito de Ribeirão Preto – USP); Profa. Dra. Anna Maria Meyer Maciel (Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG) e a Profa. Dra. Carla Aparecida Arena Ventura (Escola De Enfermagem de Ribeirão Preto – USP).
Ele iniciou a pesquisa de doutorado em maio de 2020 e concluiu com a aprovação recente em outubro de 2025.
Dr. Sérgio Chicote é filho do servidor público municipal aposentado Sérgio Roberto Chicote e da professora Irlandina de Paula Macedo Chicote. Ele é irmão de Ana Cláudia Macedo Chicote Reis (inmemorian).
Casado com Tábata Tatiane Gomes Macedo Chicote tem os filhos Thiago Tanajura Macedo Chicote, Bianca Tanajura Macedo Chicote e Antonella Gomes Lyria Macedo Chicote e o neto Benjamin Rocha Macedo Chicote.
Em sua formação profissional está a sua graduação inicial em Biomedicina com Habilitação em Patologia Clínica, Docência e Saúde Pública pelo Conselho Regional de Biomedicina – CRBM e Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – FCM/SCSP. Ele é Mestre em Patologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – FMRP/USP e agora Doutor em Saúde Pública pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – EERP/USP.
Em entrevista, fala sobre a motivação para iniciar o doutorado, a escolha do tema e como a nova titulação e conhecimento adquirido podem contribuir para as várias funções de relevância que exerce na saúde e na educação do município e da região e até em outras localidades.
Progresso: O que motivou a ingressar no curso de Doutorado? Qual razão pela escolha do Tema?
Doutor Sérgio Renato Macedo Chicote: Ao longo de 27 anos no SUS, vivi de perto os impactos da judicialização de medicamentos no cuidado ao paciente e na gestão dos recursos. Escolhi o tema porque ele está no centro do cotidiano das secretarias municipais, das Santas Casas e das equipes assistenciais: garantir acesso com equidade, segurança e sustentabilidade. A pesquisa foca os 22 municípios da área de abrangência do DRS (Diretoria Regional de Saúde) VIII de Franca/SP, para transformar evidências de forma científica em soluções de gestão e de articulação interinstitucional.
Progresso: O que este período de estudos acrescentou para sua formação profissional?
Doutor Sérgio Chicote: Aprofundei domínio metodológico (análise quantitativa e qualitativa e uso de bases do SUS), capacidade de avaliação de políticas públicas e desenho de fluxos decisórios. Adquire construindo ferramentas para dialogar melhor com Judiciário, Ministério Público e gestores, estruturando pareceres técnicos, indicadores e protocolos que sustentam decisões mais justas e eficientes. Tive a oportunidade de apresentar uma parte da minha pesquisa de Judicialização em Saúde na Espanha, onde fui em Outubro de 2023, fazer apresentação oral para vários países da Europa e América, na Conferência IBEROAMERICANA da ALADEFE – (Asociación Internacional de Escuelas y Facultades de Enfermería) que aconteceu na cidade de Granada no Sul da Espanha (Andaluzia), foi um momento importante da minha pesquisa e carreira onde pude demonstrar a pesquisa e discutir com pesquisadores do mundo, sobre a judicialização de medicamentos no Brasil e regiões de saúde do DRS VIII – Franca.
Progresso: O que representa para o senhor mais esta conquista?
Doutor Sérgio Chicote: É a consolidação de uma trajetória dedicada ao serviço público e ao ensino. Significa honrar minha família, meus mestres e as equipes com quem trabalhei e trabalho, e reafirmar um compromisso: transformar conhecimento em melhoria concreta para usuários, profissionais e gestores do SUS.
Progresso: Como os novos conhecimentos poderão contribuir para suas atividades na rede pública de saúde e em suas atividades de professor e coordenador de cursos superiores na área de saúde?
Doutor Sérgio Chicote: Na rede: implantação/fortalecimento de comissões técnicas, padronização de fluxos para demandas judiciais, qualificação de notas técnicas e uso de indicadores para prever impacto orçamentário e organizar a assistência farmacêutica. No ensino e na coordenação: atualização de currículos com estudos de caso reais, formação de lideranças para gestão baseada em evidências e projetos de extensão que conectam sala de aula e serviço.
Progresso: Por que é importante os profissionais de saúde e educação buscarem qualificações e agregar conhecimento em suas carreiras?
Doutor Sérgio Chicote: Porque a realidade muda rápido: novas tecnologias, marcos legais e necessidades da população. Qualificar- se garante melhor cuidado, decisões éticas e seguras, gestão eficiente dos recursos e inovação. Em última análise, quem ganha é o cidadão, com serviços mais resolutivos e equipes mais preparadas para os desafios do sistema de saúde público brasileiro.