“Canto perigoso”

Com estreia marcada para o dia 22 de maio, minissérie da Netflix com Juliana Moore dá uma nova abordagem para o mito grego das sereias

por Kreitlon Pereira colunavia@gmail.com

As sereias são figuras mitológicas femininas que possuem o poder de encantar os marinheiros com o seu canto, provocando naufrágios no litoral. Na literatura ocidental, a primeira menção a elas se deu no poema épico grego. “Odisseia“, de Homero, que conta como Odisseu fugiu do perigo das sereias tampado os ouvidos de sua tripulação com cera. Desde essa época até os dias atuais, essa figuram permanecem no imaginário coletivo, tendo sido reimaginadas diversas vezes. A nova minissérie da Netflix, “Sereias“, que estreia dia 22 de maio, utuliza da mitologia para explorar a complexidade de relacionamentos femininos.

O original terá apenas 5 episódios e começa com Devon (Meghann Fahy), uma garçonete que teve de abdicar de muitas escolhas pessoais para cuidar da irmã mais nova Simone (Milly Alcock) e que está passando por um momento conturbado na vida. Apesar das duas já terem sido muito próximas, desde que a Simone começou a trabalhar na Península de Lloyd Neck, ao Norte do estado de Nova York, como assistente pessoal de Michaela Kell (Julianne Moore), uma socialite, guru do bem-estar e chefe de uma organização de conservação de aves de rapina, as irmãs quase não têm tido mais contato uma com a outra.

Motivada pela falta de reação de Simone perante ao diagnóstico precoce do pai e preocupada com a relação nada saudável que ela parece ter com a sua chefe, Devon decide ir até o trabalho da irmã para conversar com ela. Chegando lá, a personagem encontra Simone mudada, o que acha ser fruto de uma levagem cerebral feita por Michaela. “Sereias” retrata o ciclo social da elite norte-americana e como a personagem de Moore se comporta, praticamente, como líder de uma seita de mulheres bilionárias. Ao longo dos episódios, a série irá explorar os complexos relacionamentos presentes nas vidas dessas três personagens.