Médico Psiquiatra atende em Ituverava

Formado pela Universidade de Franca, Dr. Ivo Peixoto fez residência pela Universidade Federal de Juiz de Fora

O médico Psiquiatra Dr. Ivo Peixoto Barbosa Júnior está atendendo em Ituverava na Clínica São Jorge. Formando em Medicina pela Universidade de Franca desde 2017, possui residência médica pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Ele respondeu entrevista ao Jornal O Progresso na última semana e destacou porque escolheu a profissão e o que motivou especialização.

“Cada ser humano é único, a medicina proporciona um amplo conhecimento sobre diversas áreas. Quem afirma ou se contenta em dizer que é apenas “médico”, não entendeu o real significado da profissão”, comentou.

Dr. Ivo Peixoto esclareceu como definiu Ituverava para atuar profissionalmente, os tratamentos que atende e quando a pessoa deve procurar pelo Psiquiatra e os fatores que têm contribuído para que as pessoas busquem por ajuda profissional.

O médico falou ainda sobre a importância da Campanha Setembro Amarelo que está encerrando e tem a finalidade de chamar a atenção para prevenção ao suicídio.

Progresso: Há quanto tempo senhor é médico? Onde formou-se? Por que escolheu esta profissão?

Dr. Ivo Peixoto Barbosa Júnior: Sou médico pela Universidade de Franca desde 2017. Sempre me interessei pela medicina pelo fato de poder contemplar e dividir diversas áreas do conhecimento humano. Não é somente sobre o funcionamento do organismo e como podemos auxiliar quem nos procura, mas também todo o processo que consiste desde o aprendizado, assimilação deste conhecimento amplo envolvendo também uma bagagem cultural e empática. Cada ser humano é único, a medicina proporciona um amplo conhecimento sobre diversas áreas. Quem afirma ou se contenta em dizer que é apenas “médico”, não entendeu o real significado da profissão.

Progresso: O que motivou a escolha pela Psiquiatria? Onde realizou especialização e residência médica?

Dr. Ivo Peixoto: Desde a faculdade, quando tive o primeiro contato com a Psiquiatria no terceiro ano. A especialidade me chamou a atenção pela complexidade e variedade dos casos e também por compreender de forma mais profunda a mente humana.

Fiz a residência médica pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atuo como psiquiatra desde 2022, ano de minha formação.

Progresso: Há quanto tempo está em Ituverava? Onde atende? Por que escolheu a cidade para atuar profissionalmente?

Dr. Ivo Peixoto: Após ter concluído a residência médica em 2022, me mudei para São Paulo, onde trabalhei em Alphaville-Barueri e também em Jundiaí. Sou daqui da região, cresci e estudei em Miguelópolis e Ituverava. Retornei para região há cerca de um mês, para ter mais oportunidade de ficar próximo à minha família e amigos. Atualmente em Ituverava atendo pela Clínica São Jorge.

Progresso: Quais os tratamentos senhor atende? Quando a pessoa deve procurar por um profissional da Psiquiatria?

Dr. Ivo Peixoto: Atendo pacientes a partir dos 12 anos de idade, então a abrangência de transtornos psiquiátricos que costumo tratar é bem extensa, variando de transtornos do neurodesenvolvimento (transtorno do espectro autista, TDAH e deficiências intelectuais), transtornos de humor (transtorno depressivo, transtorno afetivo bipolar), transtornos de ansiedade (transtorno de pânico, ansiedade generalizada, TOC), psicoses (esquizofrenia), dependência química (álcool, tabaco, drogas ilícitas), transtornos de personalidade como borderline, quadros demenciais diversos incluindo Alzheimer.

As situações que levam uma pessoa a buscar a ajuda de um psiquiatra são diversas, variando desde demanda espontânea, quando o indivíduo passa a perceber alterações no próprio comportamento, humor, sono, apetite, desempenho profissional-acadêmico ou instabilidades frequentes em relacionamentos afetivos. Muitos desses pacientes referem que “não se reconhecem mais” ou que a partir de um determinado fato ocorrido ou época houve importante impacto na qualidade de vida. Frequentemente o paciente inicia o relato com queixas físicas (dores frequentes pelo corpo, palpitações, sensação de falta de ar…) e pode em determinado momento a correlacionar com a esfera psíquica.

Determinados transtornos geram importante prejuízo na capacidade de decisão, autonomia e autocrítica e a pessoa não reconhece que tem algum problema na esfera da saúde mental e isto também pode ser um sintoma! Frequentemente observamos esta alteração em quadros graves como na esquizofrenia e até mesmos episódios depressivos e/ou no transtorno afetivo bipolar. Nestas situações quem costuma buscar ajuda para o paciente passa a ser um familiar, cuidador, pessoa próxima.

Progresso: Na opinião do senhor, quais os fatores têm feito as pessoas procurarem por médicos psiquiatras?

 Dr. Ivo Peixoto: O maior conhecimento sobre a abrangência de cuidados dentro da especialidade e também importantes fatores adoecedores em nossa sociedade, como a sobrecarga de informações que somos bombardeados a cada segundo. Sobre este segundo ponto podemos apontar uma das consequências que é o comportamento imediatista. Estamos cada vez mais sujeitos a ter que filtrar mais informações diariamente do que nossa mente é fisiologicamente preparada, culminando em sintomas físicos e psíquicos cada vez mais frequentes e intensos.

Progresso: Qual opinião do senhor sobre a campanha nacional Setembro Amarelo?

Dr. Ivo Peixoto: A campanha é fundamental para conscientizarmos a população sobre a prevenção do suicídio. Ao omitir o conhecimento e não nos responsabilizarmos sobre a formação de opinião neste tema dentro de nossa sociedade, estamos contribuindo para a marginalização e aumento da desinformação e preconceito.

Virtualmente 100% dos casos de suicídio estão associados a algum tipo de transtorno de saúde mental. Ao Informar sobre quem está mais susceptível, como procurar ajuda, quais são os fatores de risco associados e também o reforço de fatores protetores (tratamento do transtorno mental de base, apoio ao indivíduo, à família e ao núcleo em que este está inserido) diminuímos consideravelmente o risco suicida.

Falarmos de forma correta sobre o tema, sem estigmas ou preconceitos é uma medida de saúde pública! Quem divulga o tema de forma sensacionalista ou inadequada prejudica o trabalho de toda uma rede de atenção, desde a prevenção primária (informação à população geral sobre o assunto, até mesmo pessoas que não estão adoecidas), prevenção secundária (pessoas que já tenham alguma condição psiquiátrica que possa desencadear o episódio) e a prevenção terciária (indivíduos que já tentaram uma ou mais vezes). É um tema complexo e que deve ser tratado com seriedade e responsabilidade.

Dr. Ivo Peixoto Barbosa Júnior (CRM 193.133/RQE 99.470): atende na Clínica São Jorge – Rua Maria Liporace, 421 (próximo ao Hospital São Jorge) Centro, Ituverava-SP.

Agendamento de consultas pelo WhatsApp (16) 99455-8570.